Nos dias 13, 14 e 15 de junho, em Rionegro, Antioquia, estivemos com 20 organizações do México, El Salvador, Chile, Peru, Equador, Colômbia, Paraguai, Honduras, Costa Rica, República Dominicana e Bolívia para analisarmos os padrões e modalidades de violência usados por grupos fundamentalistas contra as defensoras da Região. Identificamos também as ações e estratégias para enfrentar os impactos e cuidamos das ativistas e de suas coletivas. Foi um encontro para nos reconhecermos e para fortalecer as redes de apoio inter-regional.
A partir de experiências individuais e coletivas, refletimos sobre o cuidado como um compromisso ético e político. As mulheres ativistas/defensoras e as feministas mais jovens compartilharam suas experiências políticas dentro do movimento, seus contextos locais e as semelhanças entre as práticas e discursos antidireitos que elas enfrentam na Região. Dessa forma, foi visível o poder transformador do encontro entre mulheres e dos diálogos estratégicos. Como marca registrada do nosso trabalho como FAU-AL, a presença de diversos conhecimentos e experiências possibilitou a criação de um espaço seguro de cuidado coletivo, de pausa reflexiva e de momentos de encontro com o corpo, para continuarmos fortalecendo os processos de resistência a partir das sinergias que transcendem fronteiras.
Os grupos fundamentalistas e seu discurso antidireitos impuseram grandes desafios ao movimento feminista, no entanto, as coletivas, as organizações e as pessoas que o compõem se reinventam e avançam todos os dias. Como FAU-AL, entre 2016 e 2018, tivemos a oportunidade de conhecer e apoiar um total de 43 propostas de resistência coletiva contra fundamentalismos em 13 países da Região, por meio do programa de Apoios de Resposta Rápida.
Entre marchas, plantões, campanhas em redes, acompanhamento legal, estratégias de proteção e cuidado integral, nós feministas estamos avançando com relação aos nossos direitos e fazendo movimentos mais sustentáveis.