Mapeamento deficiência e feminismos: Dar visibilidade aos exercícios de ação coletiva na América Latina e no Caribe

09 Maio 2024

Mapeamento deficiência e feminismos:

Dar visibilidade aos exercícios de ação coletiva na América Latina e no Caribe

Em 2019, com a ajuda de uma equipe interdisciplinar composta por Ana María Barragán, Lorena Murcia e Bubulina Moreno, realizamos um processo de reflexão, pesquisa e análise sobre o que significa ser uma mulher com deficiência em nossa região. Esse primeiro mapeamento (clique aqui) nos mostrou a urgência de que os feminismos incluam as mulheres com deficiência e que tenham a interseccionalidade como ponto principal.

Durante 2022, decidimos ampliar o olhar e atualizar o mapeamento para continuar refletindo e documentando essas realidades, e também para reconhecer e integrar as vozes de pessoas trans, queer, não binárias e dissidentes de gênero. Desenvolveu-se uma metodologia que reuniu as vozes, os relatos e as experiências de cada uma das pessoas que participaram do processo.

Cada palavra, gesto, lágrima, sorriso, silêncio, cada pergunta e resposta compartilhada nas conversas e entrevistas foram pretextos para ouvir, ver e sentir experiências que remetem muitas vezes ao esquecimento, rejeição ou desconhecimento. Mas também são experiências de luta, resistência, reivindicação de direitos e, sobretudo, de construção de subjetividades e corpos fora da norma, para transgredir e interpelar a cotidianidade e os sistemas de poder e opressão.

A ampliação do mapeamento foi realizada com experiências de 66 organizações na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.

Este trabalho permite a continuidade do objetivo de evidenciar que ser mulher, ou pessoa dissidente das normas de gênero, implica vulnerabilidade. Além disso, ter uma deficiência gera estigmatização e ideia de incapacidade. Quando as duas situações são combinadas, as desvantagens são amplificadas, deixando as pessoas com deficiência à margem de tudo.

Convidamos você a conhecer, explorar e compartilhar os resultados desta atualização:

Documento de Necessidades

Partindo de conversas honestas e com acompanhamento, a equipe de consultoras identificou algumas das necessidades prioritárias de mulheres e pessoas dissidentes de gênero com deficiência. Estas necessidades estão focadas nas formas de se organizar, nos financiamentos, ferramentas e recursos que são urgentes e indispensáveis para continuar construindo feminismos interseccionais.

Conheça o documento aqui: (Link)

Catálogo de Organizações

Se você quer conhecer e se conectar com as pessoas e organizações que participaram do mapeamento, você pode encontrá-las neste catálogo.

Nele disponibilizamos nomes, localizações e algumas formas de contato com as organizações, redes e coletivos que trabalham a intersecção entre deficiência e gênero na América Latina e no Caribe de língua espanhola (Link).

Mapa

Aqui (LINK) você pode visualizar a localização geográfica das organizações que participaram das diferentes fases do processo (Link para os mapas).

Vídeo

Visando sintetizar este exercício, devolver as vozes e experiências às pessoas que participaram dele, trabalhamos em conjunto com La Sandía Digital para criar uma animação que conta as principais descobertas da atualização do mapeamento.

Assista aqui: (LINK)

Agradecemos a todas as pessoas que participaram dos encontros, entrevistas e formulários. Queremos continuar ouvindo as experiências de vocês para acompanhar as suas lutas de maneira mais próxima e amorosa.

A revolução será feminista, interseccional e com a participação de pessoas com deficiência, ou não será.


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