Na República Dominicana, acreditar no teatro não é uma tarefa simples. É necessário ter vontade de fazê-lo em um contexto que prioriza outras formas de expressão, mas as pessoas que apostam no teatro vivem outras formas de criação, de comunicação e de conexão, tanto individual quanto coletivamente.
De uma necessidade profunda de contar histórias para se representar e se identificar, nasceu em 2012 o coletivo Teatro Maleducadas. O grupo é composto por mulheres que se formaram em Artes Cênicas e procura aproximar o teatro das pessoas, especialmente mulheres, pessoas trans, dissidentes de gênero e mulheres com deficiência. Por isso, o grupo ofereceu oficinas e montou obras com esse público.
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A população negra no Brasil enfrenta a cada dia várias opressões que permeiam sua existência, desde a falta de políticas públicas, até o genocídio sistemático em suas comunidades. Isso é particularmente evidente na vida de mulheres, ativistas negrese pessoas não binárias. Cientes dessa realidade, agravada pelos efeitos da pandemia Covid-19, o Coletivo de Mulheres Negras Ayomidê Yalodê, em Salvador da Bahia, conseguiu estabelecer redes de atenção e proteção que incluíam o fortalecimento da segurança física na casa de abrigo e da organização e segurança digital. Através da sua estratégia de abrigo e em estreita coordenação com redes como a Associação Afrocultural Casa do Mensageiro e o Coletivo Feminista Filhxs do Sol, foi possível disponibilizar um espaço seguro e equipado para as necessidades de ativistas e defensoras dos direitos humanos e reduzir o impacto do contágio pela Covid-19. No que diz respeito à segurança digital, realizaram diversos workshops nos quais abordaram estratégias de comunicação para a defesa dos direitos das pessoas jovens LBTIQ + e o estabelecimento de canais de comunicação seguros para as diferentes atividades de aconselhamento e convênios.
A organização também realizou processos de apoio e acompanhamento psicossocial em questões de direitos sexuais, reprodutivos e não reprodutivos, bem como estratégias de enfrentamento à pandemia. Esses processos ocorreram presencialmente e remotamente, permitindo assim atender pessoas de outros estados do Brasil, principalmente em contexto rural. Além dessas ações, a organização entregou cestas básicas e kits de higiene às defensorxs do LBTIQ + como estratégia de segurança alimentar e nutricional para reduzir os riscos de contágio.
Após a execução deste apoio, a organização passou a ter uma maior capacidade de acolhimento tanto para as defensores como para os seus familiares, além de ter incluído espaços para pessoas trans a partir das reflexões sobre as ações e aprendizagens que obtiveram em seu desenvolvimento. As ações impactaram também a comunidade, resultando na oferta de espaços pelas famílias para a ampliação da rede de abrigos, fortalecendo também o tecido social e as redes comunitárias.
“Atualmente, a organização está mais estruturada, com tarefas divididas entre as membras, abrimos espaços para pessoas Transexuais, inclusive homens trans, porque passamos a compreender que o enfrentamento as lutas se dão pela perspectiva coletiva e que dentro do Feminismo Negro não pode haver distinção de gênero”
Caminhos cruzados. Experiências e aprendizagens para um Ativismo Sustentável
Fazer um balanço entre proporcionar apoio e acompanhar os processos em toda a regiãonão é uma tarefa fácil. Para ter êxito, é necessário vontade política, recursos flexíveis eapoio institucional. Esta tem sido a oportunidade e decisão com as quais temos contado pormais de 11 anos para que o apoio à sustentabilidade, o cuidado coletivo e o bem-estar dasativistas seja possível. Este pequeno percurso a partir das vozes e experiências das ativistasnos permite tecer o diálogo e a riqueza desses intercâmbios. Que sejam essas próprias vozese experiências que as guiem.
Tatiana Cordero Velásquez
Diretora Executiva, FAU-LAC
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A Organizando Trans Diversidades (OTD) é uma associação que trabalha para defender os direitos das pessoas trans no Chile. Em 2011, a OTD conseguiu a criação da Lei Antidiscriminação, que também consagrou, pela primeira vez na legislação nacional chilena, o conceito de identidade de gênero, processo que contou com um apoio urgente do FAU-AL. Nesse mesmo ano, motivada pelo movimento de diversidade sexual na Bolívia e na Argentina, a OTD começou a realizar ações de advocacy perante o governo chileno para a replicação dessa lei de garantia do direito à identidade de gênero no país.
sA Comissão de Vítimas do Massacre de Curuguaty surge como uma iniciativa para exigir justiça e reparação para os eventos ocorridos na cidade de Curuguaty em 15 de junho de 2012, no contexto da luta camponesa contra a desapropriação ilegal de terras, que desde 1967 está sendo travada nessa área.
Esse relato ocorreu em Quito, Equador, durante o segundo encontro do programa Ativismo Sustentável na Região Andina.
Ele nos fala da capacidade de nos olharmos, nos avaliarmos e cuidarmos umas das outras, para podermos compartilhar com as demais e encontrar soluções pessoais e coletivas.
Gracias al arduo trabajo y la lucha incansable de organizaciones y activistas trans en Bolivia, hoy este país cuenta con una “Ley de Identidad de Género” o Ley 807, aprobada por la Asamblea Plurinacional de Bolivia , el pasado 21 de mayo de éste año. Dicha ley establece mediante un trámite personal-administrativo, la posibilidad para los cambios de nombre, datos del sexo e imagen de personas transexuales y transgénero. Esta Ley representa un firme paso hacia la garantía de los derechos de las mujeres trans que luchan contra la discriminación por motivos de identidad de género, siendo un avance para el reconocimiento de los derechos de las personas trans en la región.
Em 20 de janeiro de 2016, a polícia metropolitana de Bogotá chegou à Plaza de la Mariposa, no bairro de San Victorino, e deteve, de forma violenta e injusta, 15 trabalhadoras sexuais. A partir daí, a ONG PARCES decidiu intervir com estratégias de advocacy e ações legais, e conseguiu, com o apoio do FAU-AL, que esse caso chegasse ao mais alto órgão judicial do país. Conheça essa história aqui, na voz de Nora Picasso, diretora do comitê jurídico dessa organização.
sEn el 2020, la pandemia del Covid-19 desató una crisis en distintos ámbitos de la vida, con impactos particulares en la vida de las comunidades. En América Latina esta crisis ha develado y profundizado las desigualdades sociales históricas, atravesadas por razones de raza, clase, género, orientación sexual, edad y discapacidad, entre otras. La pandemia y las respuestas de los gobiernos frente a esta, han traído mayores afectaciones para las poblaciones que ya enfrentaban discriminaciones y violencias estructurales y la precarización en los servicios de salud, educación, empleos formales y acceso a redes de información. Esta situación ha afectado aún más gravemente a las comunidades rurales productoras de alimentos que, por depender en gran parte de la economía informal, han visto en riesgo sus ingresos y posibilidades de sostenimiento comunitario. Lo que se suma al creciente riesgo de contagio debido a la continuidad de las actividas extractivas en sus territorios durante las medidas de cuarentena.
Actualmente en la Región, el virus está en una fase de internalización, alcanzando a muchas comunidades rurales y territorios alejados de las grandes ciudades. En este contexto, los pueblos indígenas están siendo los más afectados por la pandemia. Al respeto, la Comisión Interamericana de Derechos Humanos (CIDH) por medio de la “Resolución Pandemia y Derechos Humanos en las Américas”, reconoce a los pueblos indígenas como “grupos en situación de especial vulnerabilidad”. Aunque la pandemia ha tenido un desarrollo particular en cada país, la situación en las comunidades pone de manifiesto similitudes regionales, donde se constata la falta de respuesta efectiva por parte de los gobiernos para garantizar los derechos y la protección efectiva de los pueblos indígenas ante la expansión del virus.
No obstante, el Covid-19 no es la primera pandemia que los pueblos indígenas enfrentan, ni tampoco la primera crisis que impacta sus cuerpos, sus vidas y su pervivencia física y cultural. Las comunidades han mantenido y construido sus modos de vida y permanencia con base en conocimientos ancestrales y adaptaciones colectivas al contexto global y local, desde las primeras invasiones a sus territorios hace más de 500 años. Por ello, para el FAU-AL es un compromiso político y ético crucial en estos tiempos, denunciar la situación que se está viviendo en los territorios indígenas, desde las propias voces de las mujeres que los defienden.
Para contar estas historias conspiramos junto a dos medios feministas con una línea editorial desde y para el Sur: La Ruda en Guatemala, la primera revista digital dedicada exclusivamente a relatos de mujeres defensoras de los territorios de Abya Yala y AZminas en Brasil, que através de su revista y app, mezclan el periodismo, la tecnología y la información veraz, para luchar contra el machismo. Ambos medios se dieron a la tarea de ahondar en los contextos de las comunidades que acompañamos desde el Fondo de Acción Urgente para América Latina y a su vez, hilar estos relatos con los de mujeres de otros territorios cercanos a sus experiencias activistas. Juntas creamos dos reportajes que entrelazan las vivencias actuales de mujeres indígenas en seis países de América Latina.
Aunque muchos pueblos indígenas no cuentan con el apoyo estatal necesario para enfrentar la pandemia, desde el autogobierno las protagonistas de estas historias y sus comunidades, se organizan para garantizar el sostenimiento de la vida desde el cuidado colectivo, sus saberes ancestrales y la solidaridad entre los pueblos y las personas. Los pueblos indígenas siguen en permanente resistencia para que su vida, sus territorios y derechos sean garantizados por los Estados.
Como Fondo feminista regional de Acción Urgente, nuestra misión es contribuir a la sostenibilidad y el fortalecimiento de los movimientos de mujeres y feministas, apoyando las resistencias y demandas de las defensoras y activistas en la transformación de sistemas de injusticia y desigualdad. Por ello, buscamos con esta iniciativa periodística visibilizar la actual resistencia de las guardianas de la vida y apoyar sus acciones transformadoras, que permiten la pervivencia de sus pueblos y la memoria viva de sus mayoras y mayores. Así mismo, queremos elevar sus voces de denuncia ante los gobiernos, para que las medidas necesarias de protección y mitigación de la pandemia sean respetuosas de sus derechos, prácticas y cosmovisiones.